Tendências para RH

Tendências para o RH 

O papel do RH nunca foi tão importante para o sucesso das organizações em tempos voláteis e imprevisíveis. Conforme o mundo se recupera da pandemia do coronavírus, temos desafios adicionais, como o aumento da inflação, a lentidão na cadeia de suprimentos e uma escassez de talentos. E os departamentos de RH serão a força motriz por trás de todas as mudanças necessárias.

Conheça agora as principais tendências para o RH  Estratégico e quais são os desafios que o setor precisará enfrentar.

Desafios para o RH

Por um lado, os negócios estão tendo dificuldades como consequência do COVID-19 – incluindo o ruir da economia, recordes de demissões voluntárias de funcionários (com algumas indústrias, em particular,  vendo mais de 100% de troca no quadro de funcionários desde Março de 2020).

Assim como uma grande reavaliação do mundo do trabalho, com empregados reconsiderando sua relação com o trabalho e empregadores fazendo um redesign dos ambientes de trabalho físicos e digitais para se enquadrar às novas demandas.

O COVID-19 também acelerou uma tendência já existente, como a digitalização dos ambientes de trabalho e a necessidade de levar em conta as diferenças entre variados dados demográficos baseados em idade, gênero, status socioeconômico ou pertencimento a grupos de minoria ou sub-representados. 

Soluções e oportunidades

A soma desses desafios coloca muita pressão nos departamentos de RH, que estão agora mais envolvidos em conduzir uma mudança organizacional interna. Sob a liderança do RH e com seu suporte, companhias estão tendo de inventar e introduzir soluções inovadoras, se distanciando da ideia fora de moda de uma mesma solução para todos.

Para auxiliar os chefes de departamento de RH e suas equipes a navegarem nessas águas ainda não desbravadas, listamos algumas tendências importantes que vão moldar o futuro de como os recursos humanos são administrados.

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RH: Se preparando para múltiplos futuros

O futuro do trabalho é, acima de tudo, flexível e ambíguo. O mundo se tornou muito imprevisível para se preparar para apenas uma possibilidade de futuro.

Enquanto a recuperação pós pandemia se mantém sólida, há significativos ventos contrários que nossa economia tem de abordar, que adicionam incerteza e imprevisibilidade. 

Entre isso, encontramos impasses logísticos, cadeias de suprimentos fatigadas, escassez de matéria prima e inflação.

Somente na União Europeia, cerca de 43% do setor de manufatura foi afetado por uma severa carência de materiais ou equipamentos. A incerteza econômica combinada com a incerteza gerada pelas mudanças e a falta de talentos no mercado de trabalho estão contribuindo para dificultar o ambiente de negócios. 

Então, com os empregados exigindo mais flexibilidade como resultado da transição para o trabalho remoto durante a pandemia, as próprias companhias estão tendo de aprender a ser mais flexíveis, ágeis e resilientes. O mesmo se aplica ao RH.

O papel do RH

Por aproveitar a força de trabalho data-driven e o planejamento de cenários, entre outras coisas, as companhias podem criar estratégias adaptáveis que se desenvolvem conforme o ambiente de negócios evolui. Isso não acontece a menos que o próprio RH e sua estratégia se tornem ágeis e adaptáveis.

Em outras palavras, como alguns se deram conta de que crenças sobre gerenciamento de empresas e empregados se tornaram redundantes, muitas companhias tiveram de se reinventar – na maioria das vezes em movimento, sem muito aviso. 

A menos que as companhias estejam preparadas para múltiplos cenários, e sejam ágeis o suficiente para reagir rapidamente, elas não irão sobreviver a essa realidade de ritmo rápido. Por isso, o RH precisa se manter atento aos sinais vitais da empresa e ao mundo além dela, e estar preparado para múltiplos cenários.

Dado isso, o mundo é cada vez mais imprevisível, e se preparar para múltiplos futuros será uma peça chave entre as tendências do RH nos próximos anos.

Neste Podcast sobre o Futuro do Trabalho nos Escritório você pode ouvir uma conversa aprofundada sobre o tema, convidamos Ana Claudia Freire –  Super Humana e Profissional de RH, Head de Talentos e nossa professora de RHBP mais comentada nas aulas, e o futurista Gui Rangel- Já palestrou em um dos maiores eventos sobre futuro do mundo SXSW Austin/Texas: Clique aqui para ouvir.

Crenças anteriores sobre gerenciamento de organizações e empregados se tornaram redundantes. Muitas companhias terão de se reinventar – muitas vezes em movimento e sem muito aviso.

Mercado de talentos & Alocação de talentos

Um dos maiores aprendizados da pandemia foi o fato de que as companhias não podem mais confiar somente em adquirir seus talentos externamente. Ao invés disso, o mercado de trabalho apertado os forçou a fazer melhor uso dos talentos que já possuem. Escassez de talentos é o maior desafio para um crescente número de organizações ao redor do mundo.

Uma forma de enfrentar esse problema é através da criação de mercados de talentos internos. Eles permitirão uma melhor alocação de talentos dentro das organizações dando aos empregados a chance de aprimorar suas habilidades e mudar de emprego internamente.

Com o atual mercado apertado, o mercado de talentos tem se provado efetivo para companhias que começaram a experimentar parcerias com outras companhias para criar um grande pool de talentos.

Essa ideia não é nova, na indústria de construção naval, profissionais eram tradicionalmente inseridos quando um novo contrato entrava em cena, para apenas “abandonar o barco” quando o contrato estava para ser finalizado e a concorrente conseguia o próximo grande contrato. Dessa maneira, o empregado é assegurado para projetos relevantes, e assim construir suas próprias capacidades, enquanto a companhia pode rapidamente inserir uma força de trabalho temporária, porém habilidosa, baseada nos projetos disponíveis.

Falamos um pouco mais sobre o assunto no Podcast sobre Escassez de Talentos, com o convidado Du Migliano- fundador da 99 jobs e expert em programas de iniciantes. Clique aqui para ouvir.

60% dos negócios agora preferem emprestar ou alugar pessoas com determinadas habilidades de outras companhias, ao invés de recrutar funcionários em tempo integral.

Colaboração por projeto

Nos próximos 5 anos, aproximadamente 28% das profissões nos Estados Unidos serão completamente remotas. De acordo com Mark Adams, Oficial Chefe de Segurança da Adobe, essa nova realidade requer uma cultura colaborativa de equipe que, se bem feita, pode provar ser o melhor ativo da empresa. Para esse fim, o RH precisa adentrar e ajudar as equipes a melhor colaborarem nessa nova era de trabalho híbrido.

Não há dúvidas de que o papel do escritório como conhecemos mudou fundamentalmente. Está claro que o trabalho excelente não ocorre somente dentro do escritório. Em fatos, 77% das pessoas que trabalham remotamente perceberam um aumento de produtividade e 30% se mostraram capazes de fazer mais trabalho em menos tempo. 

Como consequência direta da pandemia, muitos de nós reconsideramos nossa relação com o trabalho.Tanto que muitos de nós pensamos em pedir demissão de nossos empregos atuais, de modo geral – com números variando de 20% globalmente (de acordo com Edelman’s Trust Barometer), para 39% nos Estados Unidos (de acordo com uma pesquisa da Microsoft) e 52% no Reino Unido (afirmado pelo Momentive). Temos ainda 71% dos trabalhadores insatisfeitos com o nível de flexibilidade de seus empregadores procurando por novos empregos no próximo ano.

Para encontrar essa demanda, as companhias precisarão repensar a forma como suas equipes operam e colaboram, pois sem isso, o trabalho remoto e flexível encolherá o network das pessoas e deixará as empresas ainda mais isoladas (como ficou evidente durante a pandemia).

Como ser um RH Estratégico? Se reinventando

Por isso, as tendências mostram que o RH precisará ser mais dedicado e envolvido em ajudar as organizações a reformar a colaboração, co-criação e inovação. 

O RH pode ajudar a criar condições que irão permitir empregados a trabalhar em diferentes projetos dentro da organização, ou até entre organizações.

Como isso pode ser feito: 

  • Organizar os espaços de trabalho (tanto físico quanto digital) ajuda as equipes a trabalharem juntas e conectadas ao invés de simplesmente estar onde eles se sentam para trabalhar. 
  • Projeto Organizacional para direcionar as funções entre as equipes de empregados tradicionais, autônomos e prestadores de serviços a colaborarem intencionalmente e com diversidade de pensamentos.
  • Programas de talentos que possibilitem rodízio de funções. 
  • Aproveitar as plataformas digitais para conectar os empregados de forma assíncrona para que eles possam trabalhar juntos em qualquer hora ou lugar e assim por diante.

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